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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Um Pós-Moderno

Eu andei deixando a barba crescer.
Tava sem fazer nada em casa, na vida,
nesses tempos em que eu andei deixando a barba crescer.
Sai de casa pra fazer o que tinha que fazer
e esqueci de propósito o guarda-chuva.
E obviamente choveu. Eu acho que a chuva me faz bem.
Tinha resolvido tomar uma cerveja,
já estava de barba mesmo.
Cerveja me lembra ela, às vezes, por causa de uma música.
Eu sei que tudo isso
é muito egocêntrico, autobiográfico e pseudo-poético,
só porque eu botei em versos.
Mas eu só sai de casa assim mais bonito
pra poder pensar melhor como ela era bonita
e como eu ficava bonito ao lado dela.
Cheguei em casa
e botei um som bem pós-moderno
pra escrever este poema.

2 comentários:

Stephanie disse...

curiosamente você não é o primeiro a dizer que barba é pós-moderno. Tô começando a achar que é verdade. Se a barba não for, sem guarda-chuva e escrever autoiográfico em verso livre é maisquemuderno hahaha

ei, que bom que você se esforçou pra chegar ao fim do texto. Sei que ler no pc é um saco, mas tem textos que me dão pena cortar demais. Sempre torço pra que haja alguém com coragem de chegar até o fim \o/

o nome dos demônios da Madalena sempre tem um quê de deboche, é o arremate do texto =)

beijão!

Ana Gambarotto disse...

Oiii, Dudinha! Amei esse poema! Aliás todos os seus poemas são ótimos, eu consigo até imaginá-los num volume publicado (mas um volume bem bonito, de capa dura)!
Engraçado esse verso da chuva... Sabe que eu também acho que a chuva me faz bem (mas só quando eu estou em casa, bem sequinha, ouvindo ela rumorejar ao pé da janela! hahaha)
Beijos, meu querido poeta!