Ocupado
quando tudo passar
eu passo pra poesia
Eu sozinho, entediado,
que mal fui amado,
vou no doutor
descobrir uma dor.
A análise fria
de meu corpo quente
indica um nome de doença
e seu combatente:
Pílula do Genérico Amor!
Pra curar essa falta de alguém,
pra fazer todas essas coisas,
coisa e tal.
Ah, euforia,
estou apaixonado!
Ando errando muito,
engraçado...
Foi bom à beça,
mas em duas estrofes
logo cessa.
O que parecia duradouro
fica chocho.
Passa relacionamento
vai perdendo efeito
e as doses vão crescendo.
Cada vez mais insaciado
busco por inspiração,
algo mais forte.
Que nada,
forte sou eu
pois agora tudo me é fraco.
Perdida de vista a cura
do meu eu tão coitado
sou todo largado.
Com a ponta da agulha
te injeto com fúria
e dou um sorriso abestado.
Em meio a tantas cores
e sensações que me são estranhas,
a vejo toda brilhante,
distorcida. Num instante,
um vulto dobrando a esquina,
seu corpo, calejado da química,
e eu, escorado num muro sujo,
apagando.
A poucos posts atrás a B. indicou o meu poema Ti que t'aqui pro concurso "Prêmio Caneta de Ouro - Poesias 'in Blog 2007" que o André L. Soares e a Rita Costa estão organizando. Fiquei bastante grato e contente com a indicação, pois é o primeiro concurso de poesias que eu participo.
Bem bacana a iniciativa dos organizadores de incentivar a poesia e unir os poetas da blogsfera.
Pra acessar as regras do concurso é só clicar no banner dele na coluna da direita ou aqui mesmo.
Os meus cinco poemas indicados são:
"Pedacinhos", do blog Versos de Líros
um poema sem título do blog Palavrogramas
"Da Deselegância", do blog Transgressivo
"Conto de Fadas", do blog Sr. Personna
"sobre a leveza do ter", do blog Traverssuras